o reconhecimento da ordem e da estética

The probability of life originating from accident is comparable to the probability of the Unabridged Dictionary resulting from an explosion in a printing shop. (Edwin Conklin, citado em Give Me An Answer, Cliffe Knechtle)
I can see how it might be possible for a man to look down upon the earth and be an atheist, but I cannot conceive how a man could look up into the heavens and say there is no God. (Abraham Lincoln)

Porque é que, quando observamos a robô Sophia, galardoada com a cidadania na Arábia Saudita pela sua inteligência artificial, atribuímos os créditos ao seu criador, e ficamos espantados com a sua inteligência real, e entusiasmados com as enormes capacidades tecnológicas do Homem Ocidental, mas quando estudamos o Universo somos capazes de afirmar que ele surgiu do nada, e se organizou sozinho e por acaso?
Porque é que, quando vemos uma pintura, assumimos que existe um artista por detrás da tela, que investiu tempo e esforço, criatividade e suprema técnica, talento e trabalho árduo, imaginamos qual será a sua intenção, a sua motivação, o porquê de ele ter criado aquela obra, o que ele queria dizer com aquilo e o que aquele quadro significa para ele, mas quando nos olhamos ao espelho somos capazes de assumir que nos originámos do acaso e que nada tem sentido?
Porque é que quando vemos, no meio de uma praia, uma pilha de pedras perfeitamente equilibradas pensamos imediatamente que esteve ali alguém a empilhar as pedras, e somos capazes de chamar aquilo arquitectura, mas quando olhamos para a estrutura de uma flor, ou para a anatomia de uma abelha, ou para a beleza arquitectural da física e da química, ou para a perfeição da matemática, somos capazes de questionar a existência de um agente inteligente responsável pelo design de todas estas coisas?
Porque galardoamos escritores, mas não louvamos o ser que inventou a comunicação? Porque deixamos registado nos livros de História o nome do inventor da lâmpada, mas não bendizemos o criador da luz? Porque aplaudimos alguém que efectua um gesto de bondade, mas não louvamos aquele que nos amou primeiro?
Estaremos totalmente cegos? Estaremos irremediavelmente privados da capacidade de apreciar a beleza de coisas que não tenhamos sido nós próprios a criar? Estaremos a roubar-nos a nós mesmos de uma capacidade contemplativa, de reconhecer na Natureza a ordem e a estética, e de perceber que isso só pode vir de cima?

Fonte das citações: http://www.quotes.net/quote/12135

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